sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Três em cada cinco não pagam por álbum do Radiohead

Pesquisa aponta que maioria dos internautas optou por baixar as canções de graça.

De cada cinco internautas que buscaram o In Rainbows, novo álbum do Radiohead lançado online, apenas dois decidiram pagar algo pelo download, revelou um estudo realizado pela comScore, companhia especializada em pesquisas pela internet, divulgado nesta segunda-feira (05/11).

O lançamento da banda britânica liderada por Thom Yorke inovou ao oferecer aos fãs a oportunidade de decidir quanto pagar por cada canção ou pelo álbum completo. No entanto, de acordo com a pesquisa, os 38% dos internautas que pagaram pelo álbum desembolsaram em média US$ 6.

Durante os primeiros 29 dias de outubro, 1,2 milhão de pessoas de todo o mundo visitaram o site para download do In Rainbows. Destas, 62% decidiram não pagar nada pelo álbum. Os Estados Unidos tiveram a melhor média, em comparação com o resto do mundo, tanto em número de pagantes (40%) quanto em valor pago pelo download, atingindo uma média de US$ 8,05.

Entre o público pagante de todo o mundo, a maioria decidiu desembolsar até US$ 4 pelo álbum (17%), enquanto 12% optaram por um valor entre US$ 8 e US$ 12. Outros 6% pagaram de US$ 4 a US$ 8 pelo download e apenas 4% gastaram entre US$ 12 e US$ 20.

"Isso mostra que a maioria dos consumidores entende a música em formato digital como algo que deve ser gratuito e pelo qual não vale a pena pagar", disse Fred Wilson, sócio-diretor da Union Square Ventures, empresa que investe em novos projetos na internet, informou o Times Online. "É uma grande fatia que não pode ser ignorada e é hora de criar novos modelos de negócios para atender a esse mercado", continuou Wilson, revelando ter pago US$ 5 pelo álbum.

Já a EMI, antiga gravadora do Radiohead, se prepara para lançar no dia 10 de dezembro, pelo selo Parlophone, todos os álbuns da banda britânica que antecederam In Rainbows, lembrou o blog da Wired. A caixa traz o conteúdo remasterizado dos álbuns: Pablo Honey, The Bends, OK Computer, Kid A, Amnesiac e Hail To The Thief, além do CD ao vivo I Might Be Wrong. Além do box, que custará US$ 80, serão oferecidas mais duas opções de formato aos fãs: um pen drive de 4GB em forma de urso - símbolo da banda - com arquivos em formato WAV e a arte de todos os álbuns, por US$ 160, e um arquivo digital em MP3, por US$ 70.

Em tempo, o site New Musical Express (NME) anunciou em 31 de outubro que o Radiohead já havia assinado com a gravadora XL Records um contrato para lançar o CD de forma tradicional em lojas.

Fonte: Magnet

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Audiência a sites de jornais americanos cresce 3,7%

Estudo aponta também que publicidade no jornal impresso diminuiu: tendência

Sphere Sphere, da Reuters

NOVA YORK - O número de pessoas que visitaram sites de jornais americanos cresceu 3,7% no terceiro trimestre, de acordo com um estudo divulgado nesta quarta-feira, 31. Ao mesmo tempo, a venda de publicidade das versões impressas dos jornais registrou queda.
Mais de 59 milhões de pessoas, ou 37,1% de todos os internautas ativos, visitaram sites de jornais no terceiro trimestre, contra 56,9 milhões há um ano, segundo informou a Associação de Jornais com base em estatísticas do Nielsen/NetRatings.


Site do The New Yotk Times, um dos jornais mais conhecidos no mundo

Os resultados também mostram que internautas gastaram cerca de 43 minutos por mês em sites de jornais, 4% a mais que no mesmo período do ano passado.

Além disso, sites de jornais geraram 2,8 bilhões de page-views por mês no terceiro trimestre, contra 2,5 bilhões no terceiro trimestre de 2006.

Os resultados apareceram após diversos agências, incluindo Tribune, Gannet e McClatchy terem registrado aumento da publicidade online em detrimento do jornal impresso.

De acordo com o estudo, pessoas com maior nível educacional têm mais tendência a ler jornais impressos - eles atingem 61% dos americanos com nível médio contra 89% das pessoas com pós-graduação.

Fonte: Estadão

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Nike ID


Agora, é possível você montar seu próprio tênis. No site Nike ID, a famosa marca de calçados disponibiliza os principais itens de seu catálogo para você se divertir. Depois de terminar sua customização, você pode comprar sua obra-prima.

Você pode escolher as cores de todas as partes do tênis, da sola até a língua. Ah, e como estamos falando de um Nike, claro que você também determina o tom do Swoosh, o famoso símbolo da marca. Além de mudar cores, você pode escrever seu nome no tênis ou qualquer outra mensagem que desejar.

Alguns dos principais produtos Nike estão disponíveis para modificações, como o tradicional Air Force 1, os recentes Shox e modelos especiais, como as chuteiras usadas pelo craque Ronaldinho Gaúcho, do Barcelona. Além de calçados, é possível personalizar relógios, mochilas e camisas de treino.

Após finalizar sua customização, é só efetuar o pagamento e esperar por volta de duas semanas até que ela chegue em casa. O calçado vem em uma caixa especial forrada com veludo.

A interface do site lembra duas coqueluches recentes da internet, a moda de fazer seu próprio avatar em estilo Simpsons e a febre de formatar sua foto como se fosse uma das figurinhas do álbum da Copa do Mundo de 2006, feito pela editora Panini.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Pirataria de Elite

Há algumas semanas assistimos em aula ao documentário Ônibus 174, dirigido por José Padilha. Foi uma belíssima parceria entre Telejornalismo & Novas Tecnologias & Administração de Produtos Editoriais.

No entanto, apesar de ser este o filme que estamos discutindo atualmente, é uma outra produção de Padilha que vem nos chamando mais a atenção. É Tropa de Elite, um longa-metragem ficcional sobre a atuação do BOPE (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar) no Rio de Janeiro, que está previsto para ser lançado em outubro deste ano, mas que... muita gente já o assistiu.

Ninguém ainda sabe como, mas uma cópia do longa vazou por aí e já foi copiada milhares e milhares de vezes e, inclusive, já tem até a sua versão online. Suspeita-se que um integrante da equipe de filmagem tenha furtado (e não roubado, como ensinou mestre Flosi, de Lesislação e Prática Judiciária) uma cópia do filme e distribuído para um parente, que emprestou para um amigo, que quis mostrar para um conhecido, que passou para um desconhecido, e por aí vai.



Atualmente, o filme é um sucesso nas barraquinhas de camelô, apesar de contra a vontade de seu diretor. E pode ser facilmente localizado em sites de download (o arquivo torrent, por exemplo, pode ser encontrado em diversos sites, como o Torrentz).

Tropa de Elite é um longa inspirado no livro Elite da Tropa, lançado em 2006 e escrito pelos policiais André Batista e Rodrigo Pimental e o antropólogo Luiz Eduardo Soares. Vale lembrar que Rodrigo Pimental é o mesmo policial que participou do documentário Notícias de uma guerra particular, assistido pelo JoB no primeiro ano, com o professor de antropologia, Edemílson.

O filme, inicialmente, estava previsto para ser lançado em novembro, mas devido aos fatos foi antecipado para outubro. Santa internet.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Virada Virtual

Introdução:
No último dia 6 de maio, a violência tomou conta da Praça da Sé. Uma das principais atrações da Virada Cultural, evento realizado anualmente em São Paulo, acabou sendo pivô do maior problema da noite. O grupo de rap Racionais Mc´s se apresentaria no palco montado na Sé por volta das 3 da manhã, segundo a programação oficial. Porém, o grupo só tocou sua primeira música às 4:30. Tamanho atraso causou revolta, e “fãs” ensandecidos começaram a atacar policiais militares com pedras e garrafas, além de depredar bancas de jornal e saquear algumas lojas do centro.

A Tropa de Choque respondeu os ataques com tiros de balas de borracha e bombas de efeito moral. O vocalista do grupo, Mano Brown, ainda tentou conter os ânimos, mas vendo o grande tumulto que se formava resolveu se retirar do palco com pouco menos de meia hora de show. A cobertura dos acontecimentos foi ampla, por se tratar de um evento que ocorre uma vez no ano e contar com artistas importantes no cenário cultural. Porém, tudo isso ficou em segundo plano com o caos da praça da Sé.

Internet como produtora de informação
O evento, assim como as agressões, ocorreu em plena madrugada. Desta maneira, os jornais impressos não tiveram a capacidade de realizar a cobertura atualizada. Quem pegou seu jornal na manhã do domingo não tinha noção do que havia ocorrido. Desta maneira, a imprensa online saiu na frente. As informações da noite só puderam ser encontradas em sites e portais. Quem havia voltado para casa após a Virada Cultural tinha como principal fonte de notícias a internet.
Os portais saíram na frente, pois contavam com vantagens em relação aos impressos. O tempo em que ocorreu o acontecimento foi posterior ao fechamento dos jornais, logo os sites, que realizam cobertura 24 horas, puderam realizar uma análise minuto a minuto. O quebra-quebra foi uma surpresa para todos, desta maneira, quem fazia um acompanhamento simultâneo aos fatos pôde divulgar o que ocorria com maior facilidade.

Para um tumulto na Praça da Sé, local de grande impacto por ser o marco zero da cidade de São Paulo, uma cobertura atualizada se faz fundamental. Os tumultos do show dos Racionais Mc´s foram um exemplo de como a mídia virtual está se sobressaindo em relação à impressa.

Descentralização
Na questão da descentralização da informação a internet é imbatível. O assunto que foi foco de comentários principalmente para o público de São Paulo permeou os blogs e fóruns musicais da semana subseqüente, entretanto esses locais não prezam pela notícia em si, mas sim pela analise do ocorrido e as possíveis causas da confusão.

Apesar de não trabalharem com a exatidão e muito menos com a apuração real dos fatos, os meios de informação independentes ajudaram a outras pessoas terem uma noção global do incidente e ter uma avaliação dos acontecimentos com poucas horas ou poucos dias depois. Um exemplo de blog que não é ligado à grandes mídias, porém deu sua opinião, é o maroto-job, que em 8 de maio, dois dias após a pancadaria na Praça da Sé, relatou seu ponto de vista sobre as origens do tumulto.O YouTube também foi utilizado e conseguiu transmitir vídeos do confronto antes mesmo que a televisão noticiasse. Para se ter uma idéia, há imagens no site datadas do dia 6 de maio, ou seja, mesmo dia em que ocorreu a virada cultural.

Recursos Multimídia
Na cobertura do tumulto, os grandes portais da internet brasileira utilizaram majoritariamente imagens e vídeos, captadas tanto pelos profissionais da imprensa que cobriam o evento quanto pelo próprio público presente no local – que tirou fotos e filmou através de telefones celulares ou câmeras amadoras. Além disso, as câmeras de segurança dispostas ao redor da praça da Sé e no metrô também gravaram imagens, cedidas posteriormente para divulgação. O portal G1, por exemplo, publicou estas imagens, e a Folha Online colocou no site um link para uma página do YouTube em que há vários vídeos da confusão. Mais ainda, para facilitar a visualização das fotos, alguns portais fizeram páginas exclusivas com galeria de imagens tiradas durante a confusão, caso do Estadão.

Conclusão
De modo geral, os portais brasileiros souberam lidar bem com a confusão ocorrida na praça da Sé, mostrando-se úteis para informar ao público e, principalmente, cumprindo bem essa função. Além disso, também souberam aproveitar as informações e imagens obtidas com as pessoas que estavam no local, não se prendendo apenas às agências de notícias e aos próprios profissionais.

Links para análise

http://maroto-job.blogspot.com/

http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20070507101827AAFurL5

http://fantastico.globo.com/Jornalismo/Fantastico/0,,7041,00.html

http://www.pedroalexandresanches.blogspot.com/

http://www.cidadedesaopaulo.blog.br/?cat=10

http://www.digestivocultural.com/blog/default.asp?codigo=1367

http://www.midiamax.com/view.php?mat_id=275991

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL32412-5605-7655,00.html

http://www.estadao.com.br/ultimas/cidades/noticias/2007/mai/10/354.htm

http://www.estadao.com.br/ext/especial/extraonline/galerias/cidades/2007/05/06/08133000/

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL32412-5605-7655,00.html

http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u22042.shtml

Mil vezes o cara

Maracanã. Flamengo, Botafogo ou Fluminense. Goleiro de Seleção no time adversário. Nada disso estava presente na noite de 20 de maio de 2007. Nesse dia, um aparentemente insosso Vasco e Sport pela segunda rodada do Brasileirão reservava um momento que o futebol brasileiro havia visto apenas uma vez, há quase quarenta anos.

No gramado de São Januário, que um dia já foi o maior estádio do Brasil, Romário entrava com uma expectativa que já durava pouco mais de um mês, desde a eliminação do Vasco da Taça Guanabara. A ocasião não era bem como ele imaginava. Apesar do incentivo da massa cruzmaltina, talvez não fosse a mesma coisa de um Maracanã lotado, mesmo palco do milésimo de Pelé. E o adversário? Um tradicional time do Recife, recém-promovido à primeira divisão, mas que não é exatamente o adversário dos sonhos numa hora tão singular como essa. O Goleiro? Um tal de Magrão, que já rodou pelo interior de São Paulo e o Nordeste até chegar ao Sport.

O Baixinho pode até ter pensado nisso durante o jogo. Mas só até os dois minutos do segundo tempo. Pouco mais de sete da noite do domingo, e São Januário estava prestes a acompanhar a história sendo escrita ao vivo. Ali, Romário recebeu uma mãozinha divina. De um enviado do cara lá de cima, aquele mesmo que apontou e disse que o Baixinho era o cara. Dessa vez Deus apontou para o zagueiro Durval e disse algo do tipo “Ajuda o cara”.

Pênalti. Ainda bem, porque assim todos poderiam se ajeitar melhor, levantar das cadeiras (ou do cimento, no caso das arquibancadas) e fixar a visão na grande área. Romário ajeitou, exibiu uma tensão no rosto que nem na disputa dos pênaltis na Copa de 94 foi vista. Ouviu o apito. Ali, o silêncio em São Januário chegava a ser ensurdecedor. Romário correu. Chutou. E depois sumiu, em meio a uma multidão de repórteres e jogadores, estes abraçando o camisa 11.

O serviço estava feito. O último objetivo traçado pelo Baixinho foi cumprido. Os próximos meses são apenas para adicionar mais uns golzinhos na conta. Quem sabe mil e onze? Dois números simbólicos em uma marca só.

A noite de 20 de maio de 2007 não será apenas mais uma nas estatísticas dos almanaques do futebol, aqueles que apontariam somente o resultado de 3 a 1 para o Vasco e no máximo os autores dos gols. Aquela noite, assim como o protagonista, serão imortais.

E o melhor. O Vasco agora pode jogar mais leve, sem o assédio da mídia em cima do Baixinho. Afinal, vida que segue em São Januário. Acaba a festa, continua o campeonato, com mais de 30 rodadas pela frente...

terça-feira, 8 de maio de 2007

Porrada Cultural

Aconteceu no final de semana a já famosa "Virada Cultural", entretanto o que assistimos na Praça da Sé foi um show de pancadaria e principalmente de pancadaria completamente desnecessária. Para aqueles que estão por fora do assunto vamos contextualizar um pouco:

No domingo houve um show dos Racionais Mc's na Praça da Sé, durante o evento uma galera subiu emcima de uma banca de jornal e foram retirados pela policia de uma maneira, como podemos dizer... um pouco informal... com tiros de balas de borracha, porém não coloquemos a culpa somente na policia já que, houve uns "manos" que invadiram prédios nos arredores somente para ver o show, uns até picharam as paredes pedindo desculpas aos Racionais pelo vandalismo "necessário".

A virada cultural acabou virando uma "Porrada Cultural" havendo carros queimados e alguns comércios literalmente destruídos pelos vândalos.

Agora a pergunta... Será que os fãs de Racionais nunca prestaram atenção nas letras do grupo?
Pelo pouco que já ouvi os Mc's sempre estão falando de respeito e da vida difícil que todos, principalmente os jovens de periferia, ou seja, são "as vozes" que representam todo esse pessoal. Aí aqueles que eles defendem simplesmente estragam tudo?
Enfim, continuem colocando a culpa sempre na sociedade e na policia e nunca olhem para o que vocês mesmo estão causando. Clamam por direitos e diversão, mas simplesmente destroem tudo.

terça-feira, 24 de abril de 2007

O fim do telejornalismo público



Nos últimos meses, a TV Cultura divulgou que faria uma série de demissões em seu departamento de jornalismo. Com isso, o setor da emissora que já era precário vai ficar ainda mais frágil. Isto é uma evidência do enfraquecimento do jornalismo público na nação. Por ser uma emissora estatal, espera-se que a programação jornalística da TV Cultura tenda a servir o povo diretamente. Com isso, o cidadão vai deixar de ter a informação trazida para si de modo teoricamente isento de interesses particulares.

Até mesmo o ombudsman da TV Cultura Osvaldo Martins defende o final do setor na emissora. Segundo ele, o jornalismo feito é fraco e é um simples gasto de dinheiro público. O canal não teria meios de fazer uma cobertura diária e dinâmica. Isto é lamentável, pois seria um ótimo meio da população ter acesso a uma informação isenta, já que é uma emissora estatal e não corresponde ao interesse de investidores, mas sim do povo.

Nos Estados Unidos, a partir do final dos anos 1980, o magnata australiano Rupert Murdoch começou a adquirir uma série de jornais e emissoras de televisão, usando o grande capital de seu império na sua terra natal. O ápice de seus investimentos foi a compra da Fox Network, e a partir dela criou o canal Fox News . Desde então, a área de emissoras all news teve a sua liderança passada da CNN para o canal de Murdoch. A Fox News é hoje um dos principais meios de transmissão da Guerra do Iraque e da Doutrina Bush. Isto ocorre em parte porque colaboram com os interesses econômicos do dono do conglomerado de comunicações.

Desta maneira, a emissora que se tornou a líder em transmissão jornalística 24 horas por dia leva ao lar de milhões de cidadãos americanos uma informação tendenciosa de acordo com os interesses do proprietário da empresa. Este é um fenômeno crescente no mundo. Cada vez mais a produção jornalística está ligada aos negócios das grandes corporações. No Brasil o caso mais clássico é o da relação entre a TV Globo e o ex-presidente Fernando Collor de Mello. A cobertura feita, que colaborou na eleição do político, foi feita de modo a ser conveniente com o que desejava o então dono da Globo, Roberto Marinho.

Infelizmente, isto faz parte do mundo hoje. Tudo virou mercadoria, inclusive o jornalismo. As informações trazidas nos meios de comunicação são quase todas vindas de agências de notícias, o que intensifica a pasteurização dos fatos. Uma solução possível para este problema é o uso da internet, que teoricamente é democrático e permite que qualquer um possa expressar o que pensa. Enquanto isso, o telejornalismo vai perder o seu único canal público. Quem sai prejudicado é o povo que perde seu espaço na televisão.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Fordismo jornalístico

Estudamos em jornalismo técnicas e mais técnicas. Exigem uma ampla cultura nossa, contudo somente nos ensinam a sermos máquinas de escrever, vivemos na era do “fordismo jornalístico” em que todos os textos são iguais e da mesma cor... pretos.

Textos foram feitos para ser lidos, ouvidos, sentidos, enfim para serem únicos, para serem arte. Não caros leitores, não devemos fazer do jornal um grande poema sobre o cotidiano, porém devemos levar a notícia com unicidade, com clareza, com sons que agradam nossos ouvidos.

As notícias podem muito bem ser sonoras, mas no bom sentido... quando leio alguns textos em jornal sinto como se fossem martelos batendo em superfícies metálicas, é um barulho ensurdecedor que faz com que eu tenha vontade de fechar o jornal para diminuir o barulho. Melhor seria abrir os jornais e ouvir uma música com harmonia e ritmo, mesmo que tenhamos que ouvir muito mais melodias em tom menor do que maior, entretanto ainda seria uma música harmônica, um texto harmônico.

Bem, quem sou eu para mudar alguma coisa, porém se pudesse eu apenas acrescentaria uma coisa no currículo das faculdades de comunicação, o estudo de teoria musical e poesia, para assim podermos acordar de manhã e ter vontade de ler um jornal, pois se a vida é uma constante tragédia, então que seja uma boa tragédia, com personagens, músicas, cores, catarse e platéia.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

A Copa no país do penta










Em 1950, o país sediou o maior evento de futebol no planeta. A Copa do Mundo. O torneio foi bem realizado, sem grandes problemas, mas com memórias amargas para os brasileiros, já que a seleção canarinho perdeu a final para o Uruguai em pleno Maracanã. Desde então, muita bola rolou. O Brasil se tornou pentacampeão mundial, sempre jogando a Copa em outros países. Agora, o presidente da FIFA Joseph Blatter acena com a intenção de realizar o evento em 2014 na América do Sul, fato que não acontece desde 1978 na Argentina. O principal candidato e provável vencedor seria o Brasil.

Quando o assunto é a realização de uma Copa no Mundo no país, costumo ouvir muitas opiniões diferentes. Quando a pessoa é contra, porém, dois argumentos são mais constantes. O primeiro é de que o dinheiro a ser investido no evento seria mais bem aproveitado caso fosse destinado à saúde, à educação, à criação de empregos, enfim, aos grandes problemas do Brasil. Porém pergunto ao leitor. Se essa quantia não for usada na Copa do Mundo, por acaso será aplicado nestas áreas?

Nós sabemos que não. Afinal, se sim, porque já não é feito agora? O Brasil é um país mal-administrado e com um planejamento fraco, todos sabemos disso. Qualquer dinheiro que surge já é desviado (sinônimo bonitinho para “roubado”) por algum político bandido.

Isso me leva ao segundo argumento recorrente. “Ah, o Brasil não tem condições de abrigar uma Copa. Não tem infra-estrutura, não tem segurança, não tem os estádios pra isso.” Eu concordo. O Brasil realmente não tem isso hoje. E alguém está satisfeito com isso? Porque eu não estou. Se não temos infra-estrutura, vamos construir! Imaginem ter a condição de pegar um metrô em São Paulo com a capacidade de chegar em qualquer lugar da cidade. Ou melhores aeroportos no país.

Nós não temos segurança? Pois eu tenho certeza de que ninguém está satisfeito com isso. Vamos melhorar policiamento e outras condições básicas para que os turistas possam andar nas cidades sem serem assaltados. No Rio de Janeiro um estrangeiro mal pode sair do aeroporto sem ser seguido. Para um país turístico isto é péssimo. Nossos estádios estão em má condição? Vamos reformá-los! Aqui no Brasil eles não ficarão abandonados, futebol sempre atrai boas torcidas. Ainda mais se houver esta infra-estrutura.

E isto vale para qualquer questão apresentada. É muito fácil simplesmente cruzarmos os braços e dizermos “não dá pra fazer”. Se o país não está nos agradando, vamos mudá-lo, consertá-lo! Tudo isto com a supervisão e o apoio internacional, já que ninguém confia nos dirigentes tanto do governo quanto do futebol nacional. Se a realização de uma Copa do Mundo é a desculpa para estas mudanças que vão alterar para sempre nosso modo de vida, que seja. Não acredito que exista razão melhor. Afinal... Se não pudermos viver decentemente... Pra quê continuar brincando de montar uma sociedade brasileira?

Allan, oooooooo editoooooor!

Separar o joio do trigo. Ah, é um velho clichê, eu sei... mas define bem o que é a edição.

A ilha de edição com aparelhos analógicos me trouxe boas lembranças da edição que realizo para os trabalhos de rádio, tudo feito no computador. Trabalhar com fitas, quatro monitores e aparelhos imensos é divertido, mas presumo que usar programas de informática avançados deve ser bem mais fácil.

Ah, o que importa a comodidade? Eu não estava lá para isso. Hora de ver o que fizemos de bom. Um "povo fala" sobre mentira em relacionamentos. A primeira entrevista, lembro bem, o Fábio ainda não estava acostumado com a idéia de ficar fazendo perguntas às pessoas. Começamos com um amigo. Ficou puro joio, mas serviu para pegarmos o jeito e apenas evoluímos após isso.

Lembro bem dessa entrevista com o motoboy... Ficou excelente, vai para o começo da matéria!

“- Você já mentiu em um relacionamento?

- Sempre! Senão não tem graça!”

Sensacional! Trigo puro!

Entrevistamos um testemunha de Jeová. Neste momento pude praticar um pouco do poder do editor. O homem falou seu discurso religioso, sobre como satanás aplaude a mentira, mas pus no corte final uma fala extremamente sóbria sobre como a falsidade mexe com os sentimentos das pessoas. Ele poderia ter sido representado como alguém que apenas repete o que leu na bíblia, mas ficou como alguém esclarecido. Poder!

Para terminar a matéria, um trigo que no momento em que gravamos já percebi que seria bom. Uma mulher que disse estar mentindo na hora da entrevista, pois estava passeando na Avenida Paulista enquanto deveria estar num vôo para o Mato Grosso. Falsidade ao vivo, espetacular.

Reportando

É, pra quem disse na segunda aula de Telejornalismo que nunca iria trabalhar com televisão, e logo no primeiro trabalho dá de cara com a função de repórter, até que me saí bem. Foi bacana. Nas primeiras entrevistas a pergunta lutou para sair, mas não resistiu à batalha contra a inibição e em pouco tempo já estava saindo naturalmente.

Alguns problemas apareceram, mas nada que não pudesse ser superado. O primeiro deles? Bom... não ter perguntas novas na ponta da língua, por exemplo. Algumas respostas inesperadas dos entrevistados complicaram um pouco o repórter.

- Você já mentiu num relacionamento?

- Não.

- (...) Não mesmo?

- Não, não.

- Ah, vai, pode falar a verdade.

- Mas é verdade.

- Bom... então tá. E você acha isso uma coisa normal?

Pura enrolação, só pra dar um tempo de pensar em alguma outra pergunta (mais relevante). Tudo bem que nem assim funcionou, porque na hora não vinha nada na cabeça... Mas é isso aí. Com o tempo as perguntas foram aparecendo e as entrevistas foram ficando mais informativas.

Bom, por enquanto é isso!

Até mais!

O Pauteiro

por Zé Renato

A pauta é o que norteia a matéria que será feita pelo jornalista. Funciona como um resumo para o repórter fazer a matéria sem fugir muito do assunto. Claro, ela não “engessada” o jornalista pode muito bem mudar de foco desde que ache mais interessante. Em nosso caso não foi necessário mudanças então falemos do assunto.

A pauta escolhida foi sobre mentiras no relacionamento e quando ela deixar de ser algo “conveniente” e se torna uma traição.

A sugestão de pauta, feita por mim José Renato, surgiu quando estava assistindo um filme chamado “Os Infiltrados”. Leonardo Di Caprio, que agora não lembro o nome do personagem, pergunta para sua psicóloga se ela mente, após relutar um pouco ela responde que sim porque muitas vezes é melhor mentir para o paciente, com o intuito de trazer a melhora sem que este tenha que enfrentar a realidade.

Daí surgiu questão de até quando podemos mentir, será que é realmente necessário a faltar com a verdade em um relacionamento?

Apesar das dúvidas de meus amigos a pauta não surgiu de um problema pessoal, porém, são questionamentos que envolvem qualquer namoro.


Aqui vai a pauta original:


Mentimos algumas vezes para evitar ferir os sentimentos de pessoas que amamos, mas até que ponto não dizer a verdade ajuda a manter as pessoas felizes? Esconder algo não é a mesma coisa que trair?

Perguntas:

1- Você alguma vez mentiu para não ferir o sentimento de alguém?

2- Em que ponto a mentira deixa de ser "um bem" feito para a pessoa e passa a ser traição?

Queria saber o que vcs acham hehe... Tentem responder até amanhã pq ai já crio um textinho em cima disso e mando pro Prof.


É isso, até mais!

Fazendo o meio-de-campo

O papel do produtor é deixar tudo pronto para que a matéria aconteça. Isso inclui marcar horários para gravação e edição, dialogar com o professor sobre a pauta e também dar um apoio na hora em que a matéria está sendo gravada!

Essa última foi a parte mais divertida. Depois de ter passado pela parte burocrática da produção, saí às ruas com o repórter Fábio e o editor Allan, que também esteve na Paulista acompanhando a gravação. Fiquei com a grande responsabilidade de angariar entrevistados, enquanto o Fábio ficava esperando com a pergunta já na ponta da língua.

O Allan me acompanhou nessa tarefa, e com a ajuda do cameraman, o experiente Alemão, começamos a traçar perfis de possíveis entrevistados. Por exemplo, de acordo com o Alemão nem adianta abordar orientais, já que são muito fechados e dificilmente aceitariam falar conosco.

Ao longo da manhã começamos a pegar certos macetes. Pessoas que passam na rua rindo querem ser entrevistadas. Quem passa se aproximando da câmera também. Para nossa sorte, conseguimos pegar personagens bem legais, e que renderam boas respostas. Claro que sempre tem aquele entrevistado burocrático, mas esse só entra se sobrar tempo na edição... hehe.

Enfim, ser produtor é uma tarefa assaz interessante! Creio que em um jornal nacional, de uma grande emissora, essa figura é mais do que fundamental para que tudo corra bem. Afinal, é ele quem trabalha nos bastidores, faz o meio-de-campo e deixa a bola prontinha para o repórter arrematar! Desculpem o trocadilho infame!

Este é o noso brilhante logo! É necessário postá-lo para que possa aparecer lá em cima.

domingo, 15 de abril de 2007

Primeiro Post

Testando. A. A. Som. Som.